segunda-feira, 26 de abril de 2010

Transe.

Não sei...
É tudo tão estranho! Eu já me senti assim, mas não Assim. É um desejo que vem do nada. Uma vontade que nasce com o dia! Uma faísca que se transforma num incêndio!
É um sonho que invade meus olhos enquanto eles ainda estão abertos.

Imagens obscenas...

Vejo nossos corpos em movimentos desuniformemente variados...

Olho em seus olhos, começo a te despir sem tirar sua roupa. Vejo seu corpo nu mesmo com todo esse pano que te cobre. Minha mão percorre seu tórax sem que eu me mexa e minhas unhas te arranham com delicadeza.
Puxa meu corpo num aperto, de um jeito que parece que formamos uma só carne. Prende sua mão em minha nuca, fazendo dos fios de meu cabelo guias para uma marionete.

Olhos nos olhos, nossos corpos não se mexem. Parecem estar em sintonia, com a mesma cena em mente, sem a audácia necessária para agir.
Os panos continuam intactos, as mãos continuam paradas, o único som que escutamos vem de nossa respiração.

Ponto por ponto. Tirou minhas roupas da mesma forma que tirei as suas. Explorou meu corpo como explorei o seu.
E esses sons que escuto em minha mente?

Não sou capaz de me mexer. Estou em estado de transe.
Você consegue?

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