terça-feira, 28 de junho de 2011

Saudade

É difícil conseguir escrever sobre saudade sem saber o que ela é de verdade.

Não cabe no peito
Não cabe nos olhos
Não da pra por nas mãos
Não se vê
Não se ouve
Não se toca
Não se mexe
Não se iguala
Não se fala
Não fala

Apenas uma promessa é o suficiente para que ela surja

Estarei sempre aqui.

Aonde?

Estou te esperando.
Te procurando.
Quero te ver.
A todo minuto.
Todo segundo.
Longe de tudo.
Longe de todos.

Quero sua atenção.
Para mim
Ou apenas uma parte
Só para mim.

Te quero por perto
Muito perto.

Preciso de você
E só de você
Ao meu lado
Me ajudando a levantar
Me fazendo ver que ainda tem amanha
Que eu ainda tenho porque lutar

Preciso te ouvir
Dizendo que estará aqui
Para mim
Para sempre

Preciso ouvir
Que precisa de mim
Que sou importante
Nem que seja
Por um minuto.

Não quero só a saudade
Só a lembrança
Só o passado
Quero o presente
Para que vire passado
E traga mais saudade
Quero o futuro
Que vire presente
E que não deixe a saudade apertar

Sufocar...
Amordaçar
Entorpecer
Matar.

pela rua...

Andando pela rua, sem rumo ou destino, direção ou sentido. Procurando por nada ou ninguem. Ao som do que toca em seus fones de ouvido, musica lenta, com piano ao fundo e uma voz melancolica que canta sobre saudade ou dor ou ambos.

Seguindo a pé vê pessoas em diferentes ritimos, umas com pressa, outras com calma, algumas com roupas estranhas... Vê os prédios altos e baixos e as nuvens que os rodeiam. Os passaros distantes, avioes inexistentes.
Pé ante pé ela sabe que procura algo mas sabe dizer o que. Ela sabe que sente falta mas nao sabe dizer porque. 

É uma lagrima que escorre, um pensamento que se vai. É a simples saudade do que pode nao voltar mais. É daquilo que foi seu e que nunca lhe pertenceu. É do amor que ela jurou mas nunca amou. A intensidade dos passos que dava para traz, o nome do sentimento que lhe foge da memoria. É a bola de neve, a confusão. Aquilo que faz sem saber ou querer.

O movimento dos carros que nao tem destino, o andar que deixa a paisagem pra traz. É o sol que sai do lugar mesmo que ela nao se mexa. É a rua, aquela rua que ela tanto conhece e quem tantas historias... É a rua de onde ela nao quer sair e nao quer mais voltar. 

Um presente para Ricardo.

Quero te encilhar
quero te amordaçar,te ter escravo
hoje é o juízo final
e eu colheto os seus pecados
dentro dessa muralha de lençóies,amor
você é despreparado
Da janela tudo olha
pitando,preocupado
Como,mas como ?
Logo eu,que jamais te pedirei o falso !
Contudo,dê-me devoção
meus pagamentos são mais caros.
Vem aqui,vai ali
deixa disso,é melhor abafado
além dos meus modos hostis
e até mesmo do seu
racional.


( By Torta de Limão )

quinta-feira, 16 de junho de 2011

"E por todos esses anos, ninguem me forçou a ama-lo. Foi uma escolha minha, eu que escolhi errado, eu que escolhi ama-lo"

E mesmo sabendo que nao iria dar em nada, mesmo sabendo que eu nao teria como voltar atras, eu escolhi ama-lo e escolhi deixar com que ele fizesse parte de mim para sempre. Ele pode nao lembrar, mas levou consigo um pedaço de mim. Ele ainda o tem. Nao sei se bem guardado ou apenas jogado...
E quando o vejo, paro, penso... E um sentimento de tristeza e solidão se apodera de mim. A lembrança de que ele nao quer voltar. É duro saber que ele nem olha nos meus olhos e nao me dirige uma palavra. A vontade de abraça-lo e beija-lo e implorar que volte.
E a lagrima que rola, a lembrança que volta pelos dias que nao.
É quando voce tenta buscar força de onde nao consegue. É tentar montar um quebra-cabeça com as peças erradas. Tentar fazer um balão voar com oxigenio no lugar de helio.
Não adianta tentar culpar outros ou tentar se esconder. Nao adianta tentar substituir. 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

memorias


Sentada, na beira d'agua, molhando apenas os pés. Observando o vendo que sacode lentamente as folhas das árvores, os pássaros que voam arbitrariamente pelo céu e o sol que não se move. Os olhos semicerrados pela claridade ofuscante e os cabelo que insistiam em cobrir seu rosto.
Olhando pra baixo é capaz de observar seu reflexo borrado formado sobre as pequenas ondas que fazia mexendo as pernas. Olhos verdes de olhar distante, pensativo, coberto de lágrimas. Bochechas vermelhas e boca cerrada. Pensamentos que começam a tomar rumos e direções indesejadas, lembrando-as dos problemas e das mentiras. 
Um chute na agua que forma um arco-íris e a distrai novamente. As cores. Cores que remetem lembranças felizes. O azul que lembra o detalhe da blusa que ele estava usando aquele dia... O verde que lembra a cor de um presente que ela ganhou... O vermelho que lembrava-lhe a decoração de um lugar que ela visitou... O amarelo que lembrava-lhe a colcha da cama... 
Suas mãos percorreram pelo chão procurando algo que ela não conseguia nomear. Derrepente encontraram outras e as seguraram com força e ela pensou "ainda bem que ele esta aqui comigo. não sei se conseguiria passar por tudo isso sem nem ao menos alguém ao meu lado".
Uma musica que toca e lembra-a de que é hora de ir pra casa.

Àqueles que nunca irão

Presa no tempo, vejo rostos. Os rostos daqueles que nunca irão.
Prea no tempo, me perco pensando, lembrando e imaginando onde fomos ou deixamos de ir.
Presa no tempo, sinto saudade do abraço, do cheiro ou do beijo que as vezes nem recebi.
Presa no tempo, me pego sonhando e pedindo que ninguem venha a partir