quinta-feira, 1 de julho de 2010

Passado constante

Você não acredita em contos de fadas, nem no amor. Não acredita que alguém é capaz de amar incondicionalmente e que é impossível de se abandonar quando se ama assim. Não acredita na dor que se sente ao se ver quem se ama partir.
É impossível de imaginar e “inquerível’ de sentir. Existe dor maior do que ver seu amado ir? Seja filho, pai, conjugue, irmão, avós, amigos ou não. Se é aquele que é amado, não há tortura maior do que não tê-lo ao seu lado. A dor de saber que partiu, de lembrar do que passou, de esquecer que não se poderá mais ter, a dor de querer e não poder ver. É aquilo que mata sem ninguém saber. O passado que fica e com o tempo não vai, que lembra constantemente que quem foi pode não voltar mais...
Foi tanto o tempo que passou, todavia, não o suficiente, pois nada, tanto assim, mudou. Te quero ainda como ontem sonhei. O desejo profundo de ter quem mais amei. Difícil de esquecer, de tentar não lembrar e de novo mascarar cada lágrima que cai, como uma velha lembrança. Ver seu nome estampado e lembrar a nossa dança... Esses momentos com os quais sonho e enraivecem-me ao lembrar que o dia perfeito nunca irá voltar.
A outros sou capaz de desejar, outras bocas capaz de beijar, outros corpos capaz de tocar, mas quem disse que eu não fantasiava? Quem disse que não era de você que eu lembrava?
De que adianta tentar esconder? De que adianta tentar mascarar? Assunto praxe, tabu do qual ninguém pode falar.
Houve outros que pensaram ter lugar reservado nesse imenso espaço mágico denominado coração. Mal sabem eles que não. Este é só seu! Querendo eu, ou não, boa parte dessa decoração são fotos, lembranças da sua presença, do nosso sentimento. Mas quem disse que você se importa? Para você isso não deve ser nada. Hoje, talvez, eu não passe de mais uma... Aquela por quem você possa ter sentido algo, mas aquela, que hoje, é capaz de não ter despertar mais nada...
Someday... Sim, eu ainda estou esperando! Fechei meus olhos e, quando o assunto é amor, o tempo, para mim, não passou! Ainda não me acostumei com a falta que você me faz. Com a proibição do seu perfume, seu toque, seu olhar compreendedor, seu carinho, seu amor, você. Nós éramos perfeitos quando estávamos juntos! Mesmo eu sendo errada e desequilibrada, possessiva, paranóica. Você era meu ciumento, meu apoio, minha força e equilíbrio! Você me completava e me entendia, brigava comigo. Me dominava. Era meu e de mais ninguém. Ou será que isso foi um sonho também?
Me abraça e o tempo não passa. Me consola, me beija e não vá embora! Não me importo com os outros, eles podem sumir! Desde que você esteja aqui. És base, és chão. És o sim e o não. És força e poder. És razão maior para viver. Motivo de orgulho e esforço. És quem hoje amo em segredo e não revelo o nome. És quem me faz o sono perder, em filmes chorar. És quem me transforma em menina e em mulher. És aquele que amo e aquele que desejo. És quem me torna romântica a moda antiga.
Me faça mandar a rima para o espaço e a métrica também! Tornou-se inalcançável. Apenas não és a mulher perfeita. Porém, eu sou capaz de, através de um pseudônimo masculino, transformar-te na mulher utópica. Para os outros podes realmente não vir a ser, mas para mim és tudo que um dia sonhei, desejei e conquistarei. Poderei morrer tentando, mas de ti não desistirei. Não acho que serei capaz de amar outro alguém como a ti amo, amei, amarei. Mesmo esqueças ou não se recorde, aqui haverá um coração que a ti pertences, um corpo que te deseja e uma mente que não será capaz de esquecer-te.

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