sexta-feira, 2 de outubro de 2009


Um sonho... Um pesadelo! E eu acordo chorando e olho a minha volta, continua tudo escuro. O que foi que aconteceu? Isso foi real? Levanto, procuro... Está de madrugada, como vou achar alguma resposta? “Volte a dormir”, eu penso. Mas como? Isso foi tão ruim! Eu preciso saber se era realmente um pesadelo ou se aconteceu de verdade. Como é possível?
Sim... Era realidade. É estranho olhar ao meu redor e não te ver... É horrivel atender o telefone, ver o seu número e saber que não é você ligando. Chega a ser até irônico sentir falta do seu mal humor, das suas broncas, de você reclamando...
Eu preciso de um abraço. Você me faz falta e eu não consigo admitir para ninguém. Eu não aguentei ver aquela cena... Não aguentava ver ninguém chorando e nem ver o seu corpo, ali, parado, gelado... E eu chorava por baixo daqueles óculos escuros, que eu sabia que eles na verdade não estavam escondendo nada. Minha dor era real, mesmo se aquilo fosse realmente um pesadelo.
Minha cabeça doia, não podia ser verdade! NÃO! Eu não quero aceitar, não pode ser verdade! Porque? Eu ainda preciso de você aqui. Não só eu, você sabe. Todos precisamos.
Eu me permito chorar, mas não quero que vejam e nem que saibam o porque. Preciso, ou quero, demonstrar força apesar de tudo. Preciso mesmo? Quero você de volta. Ouvir sua voz.
Não, não está certo. Não, eu não posso ver. Eu não aguentaria ver aquela tampa fechando. Foi horrivel colocar aquela flor ali. Eu tentava conter as lágrimas, mas elas caiam e esquentavam meu rosto. Entalavam em minha garganta e me faziam perder a fala. Eu não queria ver a tampa fechando. Eu queria sair dali, sair correndo dalí. Sair gritando que aquilo tudo era mentira e que eu iria pra casa para te encontrar e te abraçar e que você iria me confortar, me acalmar e me dizer que tudo aquilo era realmente um pesadelo, um pesadelo do qual eu deveria acordar em breve.
Não dava pra acreditar que tinha acabado, que você tinha partido, que tudo que passamos não passaríamos mais, que tudo seria apenas uma lembrança. Lembranças que eu guardarei comigo para sempre e tentarei não chorar ao passá-las como pequenos filmes em minha cabeça.
Você nunca irá realmente, não enquanto eu puder lembrar de você.
Mesmo que eu ainda seja capaz de ver aquela cadeira vazia e ouvir as minhas próprias lágrimas caindo, tudo isso ainda parecer um pesadelo e não uma verdade. Parece a vida de outra pessoa. Parece um daqueles livros com partes tristes. Parece uma música que te faz chorar.
Me diz que não é verdade! Me diz que é um pesadelo. Me diz que não aconteceu nada e que você ainda está ali! Sentado, lendo seu jornal, vendo tv, fazendo suas continhas, escrevendo coisas que eu não entendo. Reclamando de coisas que eu não sei o que são, dizendo que eu preciso comer coisas saudáveis...
Essa saudade que me consome, a dor da verdade que me faz chorar de novo, as memórias que eu queria que fizessem parte do presente e não do passado... Eu não posso abraçar as fotos e nem sentir que você está aqui quando as vejo... Eu só posso imaginar.
Me ajuda com esses exercícios de física, química, matemática...? Explica pra mim tudo de novo, mesmo que eu não entenda nenhuma palavra do que você diz e que você dê a volta ao mundo pra me explicar sobre a força de atrito. Eu acho que eu daria tudo para ter esse momento de novo.
Essa vazio me destrói, sinto sua falta. Eu tenho medo. O que acontecerá agora? Fecho os olhos, faço um pedido. Como não posso pedir que você volte, peço que você esteja em um lugar melhor. O que me conforta é que você não está mais sofrendo, que não tem mais nada doendo...
Eu tento dizer a outros para ver se assim tudo se parece mais real. Tento conversar com outras pessoas sobre isso pra ver se deixa de parecer um sonho. Tento me lembrar do que eu vi e me acostumar que não terei mais você aqui. A dor me alerta de que não é realmente uma vida paralela, que esse é o presente.
Mas ainda parece ter algo errado...
Você vê acontecendo com outras pessoas, vê acontecendo na tv, você sabe que pode acontecer a qualquer minuto e quando acontece você não se conforma...
Agora eu tenho vontade de me despedir, te dizer o que eu não puder dizer, pedir desculpa se eu alguma vez fiz algo que você não tenha gostado, te dar um abraço apertado, um ultimo beijo... Mas queria nunca ter que te dizer Adeus.


(By ~ Fondue de Chocolate)


Se eu escrever “Dói, dói aqui ó! Dói” o que você vai entender?
Pode ser um dedo quebrado, um pulso torcido, um tornozelo luxado, um roxo de um tombo... Pode ser qualquer coisa. Mas ninguém nunca vai dizer que é um coração partido. Nunca vão dizer que é o sentimento de vazio que está te puxando... Ninguém nunca vai dizer nada, ninguém se importa.
Seria tão bom se chegasse uma mensagem com palavras simples como “Você está bem? Me liga se quiser desabafar”. Ninguém se importa, as pessoas só fingem que se importam para quando elas precisarem da sua ajuda, você estar lá para ajudá-las, porque você se importa.
Você está se achando um ninguém? Mas é verdade, é isso que você é! Porque essa pessoa que precisou da sua ajuda, te acha um ninguém. Só te chamou para ajudar porque sabia que mesmo ela não estando lá para você, quando você precisou, você estaria lá pra ela quando ela precisasse.
Grite, chore, esperneie. Faça o que quiser. Se você sair usando uma melancia na cabeça pela rua só chamará a atenção deles pelo quão ridículo você está.

(By ~ Fondue de Chocolate)

Eu precisava estar aqui, para me manter ocupada. Precisava de atenção, de afeto, para me sentir amada... O que eu ganhei? O que se ganha sempre que se espera algo das pessoas: Decepção.
Com o tempo você descobre o que e o quanto significa uma simples palavra denominada consideração. Parece ser tão insignificante... Uma pergunta clichê pode explicar bem o que eu estou me perguntando no momento: “Por que as pessoas só dão valor as coisas quando perdem ou quando estão perto de perder”? Eu até poderia falar que seria mais facil se as pessoas dessem valor antes de perder, mas como ninguém da valor as coisas fáceis, como as pessoas gostam de lutar pelas coisas, eu digo que seria menos doloroso.
Acho que muito pouca gente sabe realmente o quanto certos atos, atitudes, palavras, ou a falta deles, mexem com os outros. É dificil de sentir, mais dificil ainda de explicar. Eu tento por em palavras, pois não acho forma melhor de desabafar. (mas fico irritada pois do nada eu começo a rimar...)
As vezes eu gostaria que alguém ouvisse. Só por um minuto! Mas as pessoas quando perguntam se está tudo bem, perguntam apenas por costume, não por se importar. Porque são MUITO POUCAS as pessoas que se importam de verdade com o que acontece com você. Muito poucas mesmo. Acho que os dedos de uma mão ajudam a contar e ainda sobram.
É estranho, esquisito, não sei ao certo a palavra, mas sei que é ruim, quando você percebe, nem que seja por um segundo, que você não pode falar sobre isso com ninguém, porque ninguém vai se importar. Para falar com alguém que não se importe, é melhor você falar para as paredes, elas irão te ouvir melhor, não irão te julgas e o melhor: não irão contar para ninguém, ou seja, seu “segredo” está a salvo.
Não espere alguem te ligar só para saber se você está bem, acredite, ninguém vai ligar. Não espere alguém ligar só para saber porque você foi embora chorando, porque ninguém vai ligar. Não espere alguém ligar para pedir desculpas por ter te feito chorar, ninguém vai ligar. Não espere alguém ligar só para de ouvir chorar, porque ai mesmo é que ninguém vai ligar.

(By ~ Fondue de Chocolate)

O que é certo? O que é errado? Não sei de nada, apenas sei que quero estar ao seu lado. Quem é você? O que você faz? Onde você mora? Qual o seu nome? Tudo que eu sei sobre você é o que você normalmente faz de segunda a sexta das 13h as 18h.
Me diz, garoto, como foi que você conseguiu essa façanha? Me fala porque eu ainda não acredito...
Eu estava lá sentada, como quem não quer nada, tentando me concentrar e entender o que estava acontecendo a minha volta. Fui falar com você apenas para me enturmar e passar o tempo. Sempre tive mais facilidade com garotos do que com garotas. Tá... Até ai está tudo tranquilo. E depois? Porque que você sorriu daquele jeito quando me viu? Porque você pareceu tão animado com a minha presença? E porque isso mexeu tanto comigo?!
Tá... Era disso que eu estava precisando. Que alguém demonstrasse algo no qual eu pudesse me apegar. É claro que eu tinha que me prender em detalhes e me deixar levar novamente. É claro que eu tinha que fazer isso. Porque tanta “previsibilidade”?
Eu queria e não queria ao mesmo tempo... Eu estava tentando observar todos os fatos, ver se realmente valia a pena. Mas hoje eu me pego pensando em você, olhando pra você, te procurando, te esperando... Eu falo sobre você pras minhas amigas e escrevo textos sobre você. Fuxico seu orkut, escrevo coisas idiotas. Eu tento chamar sua atenção e ainda não consegui descobrir se você também tenta chamar a minha ou se esse é o seu jeito normal.
Me surpreendi sonhando e imaginando. Compondo história e criando situações que normalmente só acontecem na minha cabeça mesmo. Precisar estar com alguém, precisar de um abraço... Sentir que tem existe uma pessoa que não tenha nenhum laço sanguíneo com você e se importe com você do mesmo jeito.
Me espanta lembrar do outro as vezes... Tento por vocês na mesma cena e tento imaginar se quando ele me vir com você, ele vai pedir pra eu voltar... No que eu estou pensando? Você só deve saber de mim o que eu sei sobre você: Primeiro nome, um sobrenome, o que fazemos normalmene nesse periodo, tão curto e tão longo simultaneamente, em que a gente se encontra.
Seria isso vulnerabilidade? (Ou seja lá que !@#$% de nome se dê)

(By ~ Fondue de Chocolate)

Um ano não é pouca coisa, mas já se passaram quase 6 meses... Isso pra mim ainda é uma tortura. Eu venho me sentindo torturada a dois anos. É tudo tão complicado, tão inútil... Se ainda valesse a pena, se ainda fosse dar algum resultado... Mas não. Só da dor de cabeça. Não há motivos pra continuar e os motivos de começar foram os mais idiotas possíveis.
Eu sinto vontade de chorar, mas chorar pra que? Não vai dar em nada mesmo. Todos dizem a mesma coisa, como se fosse fácil. Será que ninguém entende que essa porcaria é um castigo??? Eu me sinto castigada por algo que eu não fiz. Praque? Porque?
Eu já cansei de tentar me expressar, de medir as palavras, mas não dá mais. Pra falar desse assunto tem que usar todos os palavrões possíveis. Quem sabe assim alguém entende e se da conta que já não da mais?
Essa lágrima que cai que eu não sei se é de raiva ou de que que é. É tanta coisa pra minha cabeça. Coisas sem propósito, sem motivo ou razão. Que eu repito.
Essa música que toca, que já não faz mais sentido nenhum. O som que eu ouço e as vezes gostaria de não ouvir, as palavras que eu escrevo para ninguém ler... “Pra que falar se você não quer ouvir? Fugir agora não leva a nada.”
Grita, esperneia, ameaça, pede, chora... Você pode tentar de tudo mas isso não vai resolver o seu problema. Pode resolver o deles não o seu.
Quando o único motivo pelos quais eles te prendem lá é o fato de quererem guardar dinheiro. Ah, que o dinheiro vá pro inferno. Enfia ele você sabe onde ou faz você sabe o que com ele, cacete.
A solidão, alguém pedindo proteção... É tudo tão falso. Tá faltando alguma coisa, tá sim. A verdade! Alguma coisa tá incompleta... Mas porque? Porque fazer algo se você não gosta? Ainda mais quando isso não tem futuro. Trabalhar no que gosta só pra ganhar dinheiro? E o que te faz feliz? Não importa?
Sua autoestima no chão, o fim da estrada está ai... Você vai fazer o que? Ficar parado? Construa uma nova ponte pra chegar ao que você quer. Só não dá pra viver infeliz, pra perder a moral, pra continuar insistindo em algo que você está sendo forçado a fazer.
Quando nada estiver certo quem ou o que vai te fazer sentir melhor? Porque todos dizem que a escolha foi sua? Se ela foi sua, você foi forçado a escolher. Mas agora não vale mais o esforço. Não quando tudo parece mais uma prisão.
Falta sentimento, falta paixão, falta amor. Falta ser feliz, falta se sentir vivo. “Quem quase morre está vivo mas quem quase vive já morreu”.
Não é diversão você ficar trancada entre 4 paredes coloridas, com seus bichinhos de pelúcia, roupas, artigos eletrônicos, comida e algo pra se aquecer, não importa o que você esteja fazendo. Isso não é vida. Vida é sair, se arriscar. Mas se não te deixam o que você faz? Se você fizer o que eles querem você não vai poder fazer o que você quer mesmo, então porque você tem que fazer o que eles querem?
Você pensa em fugir... Mas fugir pra onde? Fugir porque? Você não tem pra onde fugir, você não tem como fugir. Você pensa em diversas opções, mas uma parece pior que a outra. Você precisa de espaço, você precisa pensar. Mas você não gosta de pensar, porque você não gosta da verdade, mas você não sabe como mudar a verdade. Você não chega a conclusões, você chega a confusões. Você queria estar lá, mas você está trancada. Você pensa que fazer escondida é melhor. Você só quer viver.
Já não está na hora? Você procura uma luz, mas você já está tão acostumada a escuridão... Ao silencio... Você só conhece quatro tipos de sons: o dos gritos, o das músicas, o das lágrimas e o das palavras que você escreve.
Quando se chama e ninguém ouve, quando se faz e ninguém vê, quando ninguém reconhece e parece que você não fez. Se você não vive sozinho, então porque você se sente sozinho? Se quando você parece que encontrou algo, tiram esse algo de você...
Você não quer estar com eles apenas por estar, você quer estar lá apenas para fugir dessa coisa estranha, dessa prisão mental onde você mesma se colocou. Você tem medo dos seus pensamentos. Você quer mas não tem insentivo, não tem motivo pra fazer...
Você não sabe o que fazer, você não quer fazer nada. Você não sabe como fugir... Você quer voltar a dormir. Pelo menos nos seus sonhos, em alguma hora, você se sente bem.
Você não sabe explicar nada e dizem que você precisa é de um psicólogo. Você não precisa de um psicólogo, mas sim de alguém que se importe e é isso que você quer.

(By ~ Fondue de Chocolate)